Jornal Estado de Minas

SANTA MÔNICA

Jurado escuta as declarações iniciais sobre novo caso de agressão sexual contra Bill Cosby

Bill Cosby enfrenta acusações de agressão sexual em um novo julgamento civil na Califórnia, onde nesta quarta-feira (1º) tiveram início as declarações de abertura para abordar um suposto ataque a uma adolescente na Mansão da Playboy há quase 50 anos.



O caso é uma das poucas ações legais que ainda perduram contra Cosby, de 84 anos, acusado de abuso sexual por dezenas de mulheres. Ele foi detido em 2018, mas foi liberado no passado quando sua condenação em outro caso penal foi anulada.

Judy Huth, autora da denúncia neste novo caso, alega que em 1975, quando ela tinha 16 anos, o comediante a embebedou, levou-a para a mansão de seu amigo Hugh Hefner, localizada em Los Angeles e a agrediu sexualmente em um quarto.

"Imediatamente depois que ela se sentou (na cama), ele avançou (...) e começo a enfiar a mão em sua calça" disse o advogado Nathan Goldberg ao júri. Quando ela disse que estava menstruada, Cosby forçou que ela o masturbasse, continuou Goldberg em sua declaração inicial.

Os advogados de Cosby negam que a agressão aconteceu.

Cosby não deve comparecer aos últimos procedimentos na Califórnia. Também não foi ordenado pelo juiz a testemunhar pessoalmente. Em vez disso, ele permanecerá em sua residência em Nova York depois de dar sua declaração em vídeo.

Huth inicialmente entrou com seu processo alegando agressão sexual e inflição de sofrimento emocional em 2014, assim que começaram a surgir as acusações contra Cosby.

O caso foi suspenso por causa do julgamento criminal separado de Cosby, e quando o comediante foi considerado culpado em 2018 "foi como um encerramento para ela", indicou o advogado.

O advogado de defesa de Huth disse que duas outras mulheres que o comediante supostamente agrediu em 1975 testemunhariam no julgamento, e apontou as semelhanças em como Cosby usou sua fama para conhecer adolescentes.

É esperado que o julgamento dure cerca de duas semanas.