O caso é uma das poucas ações legais que perduram contra Cosby, 84 anos, acusado de abuso sexual por dezenas de mulheres. Ele foi preso em 2018 e libertado no passado, quando sua condenação em outro caso foi anulada.
Judy Huth, autora da denúncia neste novo caso, alega que em 1975, quando ela tinha 16 anos, o comediante a embebedou, levou-a para a mansão de seu amigo Hugh Hefner, localizada em Los Angeles e a agrediu sexualmente em um quarto.
"Imediatamente depois que ela se sentou (na cama), ele avançou (...) e começo a enfiar a mão em sua calça" disse o advogado Nathan Goldberg ao júri. Quando ela disse que estava menstruada, Cosby forçou que ela o masturbasse, continuou Goldberg em sua declaração inicial.
Os advogados de Cosby negam a agressão e questionaram a descrição da autora da denúncia, após ela alterar seu relato sobre a data em que o caso ocorreu, de 1974 a 1975. "Não é apenas um pequeno erro", ressaltou a advogada Jennifer Bonjean. "É evidência de uma fabricação."
Cosby não deve comparecer aos últimos procedimentos na Califórnia. Também não foi ordenado pelo juiz a depor pessoalmente. Em vez disso, ele permanecerá em sua residência em Nova York, após dar a sua declaração em vídeo.
Huth inicialmente entrou com seu processo alegando agressão sexual e inflição de sofrimento emocional em 2014, assim que começaram a surgir as acusações contra Cosby.
O caso foi suspenso por causa do julgamento criminal separado de Cosby, e quando o comediante foi considerado culpado em 2018 "foi como um encerramento para ela", indicou o advogado.
O advogado de defesa de Huth disse que duas outras mulheres que o comediante supostamente agrediu em 1975 testemunhariam no julgamento, e apontou as semelhanças em como Cosby usou sua fama para conhecer adolescentes.
O julgamento deve durar cerca de duas semanas.
SANTA MÔNICA