"Nos reunimos hoje para corrigir um erro do passado", disse Trudeau nas terras tradicionais da chamada Primeira Nação Siksika, no oeste do Canadá.
Em 1910, o governo canadense se apoderou de quase metade das terras da reserva da nação indígena na província de Alberta para utilizá-las na obtenção de recursos e vendê-las a colonos.
A apropriação das terras aconteceu mesmo com a existência de um tratado, firmado 30 anos antes, que garantia a posse dos cerca de 46.000 hectares na região das pradarias ocidentais à comunidade nativa.
Trudeau disse que o governo canadense havia "agido de maneira desonrosa" ao tomar as "terras agrícolas, e ricas em minerais, mais produtivas da comunidade para o benefício de outros".
Por sua vez, o ministro de Relações Indígenas do Canadá, Marc Miller, afirmou que os siksika haviam perdido uma parte da riqueza gerada a partir destas terras, assim como o acesso a muitos lugares sagrados.
Nesse sentido, argumentou que era importante reconhecer as "negociações desproporcionais e as cessões de terras".
"Apesar de este acordo não compensar o passado, esperamos que leve a um futuro melhor e mais brilhante para esta geração e as vindouras", acrescentou.
"Essa reivindicação de terras, sim, 1,3 bilhão, é muito dinheiro. Nunca será o que era antes. Mas temos que seguir em frente", disse o funcionário.
A comunidade, acrescentou Miller, está começando a ver o renascimento de sua cultura e tradições, assim como do idioma Blackfoot, que agora é utilizado na sinalização viária local, por exemplo.
OTTAWA