"Às 14h15 (5h15 de Brasília) de 3 de junho de 2022, terminou o tiroteio. Há feridos dos dois lados", afirma um comunicado divulgado pelo Comitê de Segurança do Quirguistão.
"Os guardas de fronteira tadjiques ignoraram os pedidos legais de abandonar o território da República do Quirguistão e abriram fogo contra o pessoal militar do Quirguistão", explicaram essas fontes.
"O lado tadjique usou morteiros" durante o tiroteio, acrescentaram as autoridades do Quirguistão.
O Tadjiquistão, um regime autoritário e isolado, ainda não se pronunciou sobre este incidente.
As populações que vivem nas áreas fronteiriças desses dois Estados pobres da Ásia Central (ex-repúblicas da União Soviética) se enfrentam regularmente pelo abastecimento de água e pelo uso da terra. E, com frequência, os guardas de fronteira se envolvem nestes conflitos.
Quase metade dos 970 quilômetros de fronteira comum entre o Tadjiquistão e o Quirguistão está em disputa por uma das partes. As negociações para delimitá-las avançaram pouco nos últimos anos.
A instabilidade dessa situação se refletiu em março e abril, quando também houve trocas de tiros na área.
Em 2021, o número de confrontos na fronteira aumentou significativamente, deixando mais de 50 mortos, o que sugere um ressurgimento do conflito.
BISHKEK