Grossi chegou a Israel na noite de quinta-feira para uma visita-relâmpago e se reuniu com Bennet hoje pela manhã antes de retornar para Viena.
Bennett "indicou claramente que, embora Israel prefira a diplomacia para privar o Irã da possibilidade de desenvolver armas nucleares, reserva-se o direito de autodefesa e de ação contra o Irã para bloquear seu programa nuclear", disseram seus serviços em um comunicado, após a reunião.
"Os sionistas só podem sonhar em atingir o Irã e, se isso acontecer, será um sonho do qual eles nunca acordarão!", alertou Ali Bagheri, negociador-chefe do acordo nuclear iraniano, no Twitter.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, descreveu a viagem do diretor-geral da AIEA a Israel como "contrária ao princípio de neutralidade" deste órgão da ONU.
O Exército israelense fez esta semana um importante exercício militar com aviões de guerra no Mediterrâneo e navios de guerra no Mar Vermelho. Segundo a imprensa israelense, as manobras simularam um ataque de grande magnitude contra o Irã, em especial contra centros nucleares.
Ao ser questionado pela AFP nesta quinta-feira, o Exército israelense não comentou estas informações, mas confirmou que "se prepara e treina continuamente para enfrentar vários cenários, incluindo ameaças do Irã".
Durante seu encontro com Grossi, o primeiro-ministro israelense também pediu uma atitude mais firme da comunidade internacional em relação ao Irã e que use "todos os meios" para impedir que Teerã adquira uma arma nuclear.
Considerado por especialistas como a única potência nuclear do Oriente Médio, Israel vê o programa nuclear do Irã como uma ameaça à sua segurança.
JERUSALÉM