Em uma ampla publicação no Twitter, a representação diplomática criticou o governo comunista caribenho por atos repressivos relacionados à liberdade religiosa, enquanto em outra mensagem anterior, em um tom menos áspero, lembrou que a administração do democrata Joe Biden levantou recentemente restrições impostas em 2020 a Cuba pelo governo anterior do republicano Donald Trump (2017-2021).
As denúncias contra o governo cubano, incluídas no relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa 2021 - publicado na quinta-feira - estão relacionadas com a prisão de religiosos durante as manifestações de 11 de julho de 2021, as quais deixaram um morto, dezenas de feridos e centenas de detidos.
"As forças do Estado cometeram atos de violência, detiveram e maltraram líderes religiosos de diversas comunidades religiosas que participavam de manifestações pacíficas em todo o país", destacou a embaixada.
De acordo com esse relatório, o secretário de Estado, Antony Blinken, voltou a incluir Cuba na Lista de Vigilância Especial "por ter cometido ou tolerado graves violações da liberdade religiosa".
A legação diplomática deu como exemplo os casos do padre José Castor Álvarez, que teria sido agredido pelas forças de segurança "quando oferecia ajuda a uma pessoa ferida em um protesto em Camagüey", no leste da ilha, em 11 de julho, assim como do pastor Lorenzo Rosales, "condenado a 10 anos de prisão por participar de uma manifestação" nesse mesmo dia.
A publicação dos tuítes ocorre em meio à relutância de Washington em convidar, em sua condição de país anfitrião, Cuba, Venezuela e Nicarágua para a próxima Cúpula das Américas, que acontecerá de 6 a 10 de junho em Los Angeles, Califórnia.