A visita do presidente Ebrahim Raisi a Omã em 23 de maio aconteceu no momento em que as conversas para retomar o acordo sobre o programa nuclear da república islâmica se encontram estagnadas.
A agência de notícias Oman News Agency, citando o ministro de Energia Mohammed al-Rumhi, explicou que os acordos estavam "relacionados com o desenvolvimento de dois gasodutos que conectem os dois países, e um campo petrolífero em Hengam", situado na fronteira marítima entre as duas nações.
Um dos dois gasodutos, cujo projeto vinha sendo elaborado há mais de 20 anos, proporcionará 28 milhões de metros cúbicos de gás iraniano a Omã durante 15 anos.
O sultanato de Omã mantém laços estreitos tanto política como economicamente com o Irã e teve um papel de mediador com Washington na elaboração do acordo sobre o programa nuclear da república islâmica em 2015.
O pacto alcançado entre o Irã, de um lado, e Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, do outro, está suspenso desde que Washington decidiu se retirar unilateralmente em 2018, reimpondo duras sanções contra Teerã.
Omã, situado logo em frente ao Irã, na outra margem do Golfo de Omã, sofreu uma dura recessão durante a pandemia de covid-19, perdendo 6,4% de seu PIB em 2020.