A oposição de extrema-direita e de direita reuniu 174 votos de 289. Era necessária a maioria absoluta de 175 deputados para censurar o ministro do Interior e de Justiça, Morgan Johansson.
O voto decisivo foi de uma deputada pró-curda, que se opõe a fazer concessões à Turquia para que a Suécia ingresse na Otan. Amineh Kakabaveh, antiga combatente de um grupo curdo iraniano, anunciou logo cedo que não seguiria a oposição.
Ela passou o final de semana negociando com o governo social-democrata. Kakabaveh, da esquerda radical, ameaçou votar contra o ministro se não houvesse garantias para as delicadas negociações com a Turquia, para o ingresso da Suécio na Otan.
A Turquia se opõe, até o momento, à entrada da Suécia e da Finlândia na aliança e acusa Estocolmo de apoiar grupos curdos que considera terroristas, como o YPG.
Kakabavec desempenhou um papel fundamental para a eleição de Magdalena Andersson em novembro de 2021, depois de conseguir uma declaração de apoio dos social-democratas ao YPG. O partido confirmou que a declaração, que contraria a exigência turca de romper com o apoio sueco ao YPG, continua valendo.
A votação de confiança aconteceu a três meses das eleições legislativas de 11 de setembro, que pode levar a direita ao poder com o apoio, pela primeira vez, da extrema-direita.