Os britânicos Aiden Aslin e Shaun Pinner e o marroquino Brahim Saadun, que foram feitos prisioneiros na Ucrânia quando lutavam junto às forças de Kiev, foram condenados à morte na quinta-feira, acusados pelas autoridades separatistas de Donetsk de agir como mercenários.
Johnson "está consternado com a condenação desses homens", afirmou seu porta-voz, insistindo que Londres "apoia a Ucrânia em seus esforços para libertá-los".
"Está claro que serviam nas Forças Armadas ucranianas e são prisioneiros de guerra", acrescentou.
A ministra das Relações Exteriores britânica Liz Truss, que na quinta-feira chamou o veredicto de "julgamento simulado sem legitimidade", falou com seu colega ucraniano Dmytro Kouleba nesta sexta-feira.
Os dois ministros "discutiram os esforços para garantir a libertação de prisioneiros de guerra mantidos por pró-russos. Seu julgamento é uma violação flagrante da Convenção de Genebra", tuitou Truss.
A ONU também expressou sua preocupação nesta sexta-feira. "O escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas está preocupado com a sentença de morte" dos três militares, disse uma porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.
"Segundo o comandante em chefe da Ucrânia, todos esses homens eram membros das Forças Armadas ucranianas. Se esse for o caso, não deveriam ser considerados mercenários", destacou.
Quatro voluntários estrangeiros morreram em combate contra a invasão russa da Ucrânia, segundo a organização oficial de voluntários estrangeiros Lidu.
A Rússia afirmou nesta semana ter matado "centenas" de combatentes estrangeiros na Ucrânia desde o início de sua invasão em 24 de fevereiro e que conseguiu frear o fluxo de novas chegadas.