"A justiça com as próprias mãos não é justiça, e sim barbárie. As autoridades competentes já estão investigando o ocorrido para determinar responsabilidades", afirmou em um comunicado o governo do município de Huachinango.
Daniel Picazo, de 31 anos, foi espancado e queimado na sexta-feira passada na comunidade de Papatlazolco, que fica no estado de Huachinango, a 180 quilômetros da Cidade do México, acrescentou o governo local.
A polícia tentou resgatá-lo, mas os moradores impediram, alegando que ele era um sequestrador de menores.
Quando os policiais tentaram levá-lo para um lugar seguro dentro de uma viatura, os moradores da comunidade o retiraram e o levaram à força para as quadras de esportes locais, onde 200 pessoas o espancaram, jogaram gasolina em seu corpo e atearam fogo quando Picazo ainda estava vivo.
O veículo em que Picazo viajava também foi queimado.
Agentes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado retiraram o corpo depois que os moradores abandonaram o local.
A mobilização popular e a acusação contra Picazo começaram em grupos de mensagens por telefone celular, que alertavam sobre a presença de um suposto criminoso na cidade para sequestrar menores de idade, informa o comunicado do governo local.
Picazo trabalhou até março de 2022 como assessor na Câmara dos Deputados, informou a instituição em um obituário publicado nas redes sociais para lamentar o assassinato.
Ele trabalhou principalmente com parlamentares do Partido da Ação Nacional (PAN, conservador), grupo político que também expressou condolências à família de Daniel Picazo nas redes sociais e exigiu justiça.
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