Em maio de 2020, passados alguns meses das restrições sanitárias mundiais pela expansão da pandemia de coronavírus, a empresa declarou falência, após suspender suas atividades quase completamente.
Em novembro de 2021, a LATAM destinou um investimento de mais de US$ 8 bilhões para lidar com as dívidas declaradas, de modo a se amparar no Capítulo 11 da Lei de Falências americana. Esta legislação permite que uma empresa sem condições de pagar suas dívidas se reestruture sem pressão dos credores.
"Estamos muito satisfeitos com a confirmação do juiz do nosso plano de reestruturação. Este é um passo muito importante no processo para sair do Capítulo 11, e continuaremos trabalhando intensamente para concluir as etapas restantes nos próximos meses", disse o CEO da companhia aérea, Roberto Alvo, em uma nota.
A LATAM conta com subsidiárias no Brasil, no Chile, na Colômbia, no Equador, no Peru e nos Estados Unidos.
O financiamento do capital necessário para cumprir o plano de reorganização advém de um aumento de capital, da emissão de títulos conversíveis e de nova dívida, detalhou a LATAM.
"Isso inclui os US$ 5,4 bilhões de financiamento apoiados pelos principais acionistas (Delta Air Lines, Qatar Airways e Grupo Cueto) e pelos principais credores da LATAM", explicou a empresa, no mesmo comunicado.
Dessa forma, a LATAM planeja sair do processo de falência nos Estados Unidos no segundo semestre de 2022.
Criada em 2012 após a fusão da chilena LAN e da brasileira TAM, a empresa operava 1.400 voos diários para 145 destinos em 26 países antes da pandemia. Em maio de 2020, sua operação se reduziu em mais de 95%.
A companhia aérea então demitiu cerca de 12.600 funcionários, mantendo em torno de 30.000 e, em junho de 2020, anunciou o fechamento de sua subsidiária na Argentina após 15 anos de operações.
Em março de 2022, durante a apresentação dos resultados anuais de 2021, a LATAM anunciou que suas operações "alcançaram 63,5% dos níveis de 2019 durante o (quarto) trimestre" do ano passado.
Também anunciou uma queda de 51% na receita em 2021, na comparação com 2019, o último ano antes de a pandemia da covid-19 atingir o setor de aviação.
NOVA YORK