"Envio ao senhor Petro felicitações por sua vitória", declarou o nobel de Literatura, de 86 anos, no discurso de abertura do XV Fórum Atlântico, que acontece na Casa América de Madri, organizado pela Fundação Internacional para a Liberdade, que ele preside.
"Que a Colômbia se mantenha dentro da estrita legalidade que tem caracterizado a história colombiana, e seja simplesmente um acidente emendável e corrigível em um futuro mais ou menos imediato", afirmou o autor de "A guerra do fim do mundo".
Se Petro "pretende, como pretendem alguns de seus partidários, eliminar essa legalidade, abre-se uma interrogação sobre o futuro da Colômbia", alertou o escritor.
O atual presidente colombiano, Iván Duque, participou de uma videoconferência neste Fórum Atlântico, e foi questionado por Vargas Llosa sobre a possibilidade de Petro ameaçar a legalidade.
"A primeira coisa a reconhecer, para defender a democracia, é quando há um pronunciamento popular", respondeu Duque, acrescentando que "claramente, ontem os colombianos elegeram um novo presidente".
"Todos nós que assumimos a presidência da República de nossas nações, assumimos um enorme desafio, que é sempre nos pautarmos pela ordem constitucional e pela legalidade", disse Duque.
Vargas Llosa, que foi candidato à presidência do Peru em 1990, muito ativo no debate político, costuma apoiar candidatos de direita, conservadores ou liberais.
Além disso, o escritor felicitou-se pela vitória na região espanhola da Andaluzia do conservador Partido Popular e seu candidato Juanma Moreno, "que está muito próximo das coisas que defendemos e que, sem dúvida, compensa essa eleição colombiana".