O tribunal iraniano estimou nesta quinta, baseado nas investigações penais e comentários das autoridades, que está "claro que o regime sionista executou os crimes" dos cientistas iranianos, segundo uma cópia do veredito publicada pela agência estatal IRNA.
O Irã acusou os Estados Unidos e Israel por uma série de assassinatos de cientistas, incluindo a morte do físico nuclear Mohsen Fakhrizadeh, em novembro de 2020.
Mohsen Fakhrizadeh sofreu um ataque contra seu carro nos arredores de Teerã, no qual acabou morto. A República Islâmica responsabilizou Israel pela ação.
Os Estados Unidos apoiam Israel "direta e indiretamente" e por isso são "responsáveis de todas as ações, incluindo a assistência, o apoio e implementação de ações terroristas contra os cientistas israelenses", de acordo com o tribunal.
Os ex-presidentes Barack Obama e Donald Trump, o governo americano e outras autoridades de alto escalão estão na lista de acusados.
Outros dois cientistas nucleares, Majid Shahriari e Fereydoon Abbasi Davani, foram mortos em dois ataques distintos no mesmo dia, 29 de novembro de 2010.
O veredito pode atenuar a tensão entre Teerã e os países ocidentais, atualmente negociando a retomada no acordo nuclear de 2015.
Em 2015 o acordo aliviou as sanções contra o Irã em troca da limitação do programa nuclear, mas os Estados Unidos saíram unilateralmente em 2018 e Teerã deixou de cumprir os compromissos.