Em um segundo encontro, membros da Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) e o ministro de Governo, Francisco Jiménez, conversaram na Basílica do Voto Nacional, em Quito.
A ideia é "que possamos ter de alguma forma uma política que possa beneficiar mais aos pobres", disse Leonidas Iza, presidente da Conaie, no começo da reunião transmitida pelas redes sociais.
Cerca de 30 representantes de várias organizações, incluindo a Igreja e a Defensoria do Povo, cercam a mesa de diálogo.
"Nós, povos indígenas, realmente fomos insultados", continuou Iza, líder dos protestos.
Cerca de 14 mil pessoas estão protestando no Equador com uma série de reivindicações, sendo a principal a redução dos preços dos combustíveis, que encarecem os fretes nas regiões agrícolas e levou prejuízos aos produtores.
O movimento indígena e o governo tiveram um primeiro diálogo a portas fechadas no sábado, sobre o qual não foram divulgados detalhes. O presidente conservador Guillermo Lasso não participou em nenhuma das ocasiões.
Enquanto isso, o Parlamento debate desde sábado a possibilidade de destituir o presidente, considerado por alguns o responsável pela "grave crise política e agitação interna" que o país vive.
Acuado pelas manifestações e o Congresso, Lasso cedeu parcialmente em alguns dos pontos apresentados pelos indígenas.
Os bloqueios de vias e a tomada de mais de 1.100 poços colocam em xeque o petróleo, principal produto de exportação do país. Se os protestos seguirem, o Equador pode deixar de produzi-lo em 24 horas, segundo o governo.