"Quatro pessoas faleceram, uma no local e três no hospital", disse o prefeito de El Espinal, Juan Carlos Tamayo, que lamentou a morte de um menor de 14 meses que estava nas arquibancadas de madeira.
Os hospitais da região atenderam 322 feridos e quatro permanecem em unidades de terapia intensiva, informou Martha Palacios, secretária de Saúde do departamento de Tolima, onde fica El Espinal.
Por volta de 13H00 (15H00 de Brasília), várias arquibancadas lotadas desabaram durante uma "corraleja", uma de festa popular em que o público desce à arena para enfrentar novilhos ou touros pequenos.
"Nossa praça de touros é composta por 44 boxes. Oito desabaram, cada um com 100 pessoas", explicou Tamayo.
O acidente aconteceu na Praça de Touros Gilberto Charry durante o fim de semana de celebração das festas de São Pedro.
Tamayo disse que a prefeitura assinou um "contrato" com os organizadores do evento.
O presidente Iván Duque prometeu uma investigação e expressou "solidariedade com as famílias das vítimas".
O governador de Tolima, Ricardo Orozco, antecipou que solicitará "a suspensão das festas de 'corralejas'", alegando que os eventos "atentam contra a vida" e incentivam os "maus-tratos de animais".
No sábado, várias pessoas ficaram feridas em acidentes durante eventos similares em El Espinal, que tem 78.000 habitantes e fica a 150 quilômetros de Bogotá.
O presidente eleito, Gustavo Petro, que assumirá o poder em 7 de agosto, se uniu ao apelo do governador local pelo fim das touradas.
Petro recordou as mortes de centenas de pessoas no desabamento de outra praça de touros no município de Sincelejo (norte) em 1980.
Como prefeito de Bogotá (2012-2015), o presidente eleito suspendeu as touradas em La Santamaría, emblemática praça de touros da capital.
Embora a justiça colombiana puna o abuso de animais, práticas como touradas e rinha de galos são protegidas devido às raízes culturais.
BOGOTÁ