O quadro, que havia sido avaliado em cerca de 35 milhões de libras, era o protagonista do leilão, no qual figuravam obras de Andy Warhol, Banksy e David Hockney.
Sem exibição ao público desde 1965, o quadro pertencia a um colecionador privado europeu. Nele, Lucian Freud aparece sentado em um banco, com o rosto distorcido, sobre um fundo de faixas horizontais.
O homem olha fixamente para o espectador, com os punhos cerrados e a camisa aberta, em um ar de tensão, como se estivesse a ponto de levantar em um pulo.
A obra é um "depoimento da capacidade de Francis Bacon de provocar emoções e capturar em pintura as complexidades da psique humana", destacou a Sotheby's em um comunicado.
Realizado em 1964, quando Bacon estava no auge de sua carreira, "Estudo para o retrato de Lucian Freud" ilustra "a grande amizade e rivalidade" entre "dois dos artistas mais significativos dentro do cânone da arte do século XX", acrescenta.
Bacon e Freud iniciaram em 1944 uma intensa amizade que se rompeu na década de 1980 por rivalidades pessoais e confrontos artísticos.
Entre 1964 e 1971, Bacon pintou 14 retratos de Freud, que além de um dos maiores artistas de sua época, era neto de Sigmund Freud, o fundador da psicanálise.
Um trio de pinturas dedicado a seu amigo foi leiloado em 2013 por 142 milhões de dólares em Nova York, um recorde para o pintor anglo-irlandês.
Francis Bacon, nascido em 1909 em Dublin, morreu em Madri em 1992. Lucian Freud veio ao mundo em Berlim em 1922 e faleceu em 2011 em Londres.
SOTHEBY'S
LONDRES