Jornal Estado de Minas

ZURIQUE

Suíça Barry Callebaut diz que chocolate contaminado não chegou a clientes

O grupo suíço Barry Callebaut, que fornece cacau e produtos de chocolate à indústria alimentícia, anunciou nesta sexta-feira (1) que o lote contaminado com salmonela detectado na segunda-feira em sua fábrica de Wieze (Bélgica) não chegou aos consumidores.



"Com base em uma investigação interna, Barry Callebaut confirma que nenhum produto de chocolate afetado pelo lote de produção positivo para salmonela em Wieze, Bélgica, entrou na cadeia", explicou a empresa em comunicado.

Indicou ainda que todas as linhas de produção em Wieze vão ser limpas e desinfectadas antes da retomada da atividade.

A fábrica em Wieze, que a empresa considera ser a maior do gênero em todo o mundo, não produz chocolates destinados à comercialização direta ao consumidor.

O grupo Barry Callebaut fornece produtos à base de cacau e chocolate para inúmeras empresas do setor alimentício e, em particular, para grandes marcas do setor de chocolates, como Hershey, Mondelez ou Nestlé.

De acordo com seu balanço suas vendas anuais atingiram 2,2 milhões de toneladas nesse período.

Segundo a empresa, 72 dos 73 clientes que compraram lotes contaminados confirmaram que suspenderam a distribuição.

Na quinta-feira, a empresa ainda aguardava uma resposta do último dos clientes.

A salmonela é um tipo de bactéria que pode causar sintomas como diarreia, febre e cólicas estomacais. É uma das infecções alimentares mais comuns.

Em abril, a Agência Belga de Segurança Alimentar já havia ordenado o fechamento de uma fábrica de outra gigante marca do setor de chocolates, Kinder (do grupo italiano Ferrero), devido a um surto de salmonela.

A sede da Barry Callebaut fica em Zurique, na Suíça, embora tenha cerca de 60 unidades de produção em todo o mundo e empregue cerca de 13.000 pessoas.