"Ele nos provocam. Devo dizer que há cerca de três dias, talvez mais, tentaram bombardear diretamente da Ucrânia alvos militares em Belarus. Graças a Deus, nossos sistemas antiaéreos Pantsir interceptaram todos os mísseis disparados pelas forças ucranianas", disse Lukashenko, citado pela agência estatal bielorrussa Belta.
"Repito, como disse há mais de um ano: não pretendemos lutar na Ucrânia", assinalou o presidente de Belarus. "Iremos combater em apenas um caso: se vocês entrarem em nossa terra, se matarem nossa gente."
Desde o início da ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro, Belarus serviu como base de retaguarda para as forças russas. Nos primeiros dias, as colunas russas que tentaram avançar para Kiev, a capital ucraniana, partiram de Belarus, mas encontraram uma resistência inesperada que os obrigou a se retirar.
O governo de Lukashenko enfrenta duras sanções internacionais e é altamente dependente da Rússia no campo militar e econômico.
Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que seu país entregará mísseis Iskander-M, capazes de transportar ogivas nucleares, à Belarus "nos próximos meses".
Lukashenko afirmou hoje que responderia "instantaneamente" a qualquer ataque inimigo contra o território de Belarus, em mensagem visivelmente destinada à Ucrânia e aos países ocidentais. "Há menos de um mês, ordenei a nossas Forças Armadas que mantenham na mira os centros de decisão de suas capitais", declarou, mencionando os mísseis prometidos por Putin e o sistema lançador de foguetes bielorrusso Polonez.