"O recebemos em nosso hospital, onde trabalhamos em sua hidratação e alimentação, já que o lobinho apresentava um quadro de debilidade e estava abaixo do peso", contou Cristian Gillet, representante de resgate e reabilitação de fauna da Fundação Temaikén.
Após tratar por seis dias o lobo-marinho e estabilizá-lo, em 22 de junho, a organização o transferiu para a Fundação Mundo Marinho, na cidade de San Clemente del Tuyú (320 km ao sul), onde sua reabilitação foi finalizada e ele foi preparado para ser reinserido em seu habitat natural, no mar.
"Não nos surpreende que tenha aparecido em um curso de água doce, porque a busca incessante por comida pela baía pode adentrar canais e acabar em âmbitos fluviais", explicou o biólogo Sergio Rodríguez Heredia, do centro de resgate da Fundação Mundo Marinho.
O Riachuelo, um rio que separa a capital argentina da superpovoada periferia, está altamente contaminado e em processo de limpeza há décadas.
Essa espécie de lobo-marinho tem duas camadas de pelos, uma interna, impermeável, que mantém sua pele seca, e outra externa, que cobre a primeira e dá ao animal sua cor. Os machos podem chegar a dois metros e pesar 150 quilos, enquanto as fêmeas alcançam 1,40 metro e 60 quilos.