No massacre de Soweto, em uma favela perto de Joanesburgo, 15 pessoas morreram quando os criminosos abriram fogo contra uma multidão durante a madrugada.
Na cidade de Pietermaritzburgo, leste do país, na região zulu, quatro pessoas morreram quando dois homens atiraram de maneira indiscriminadamente contra os clientes de uma taberna.
A polícia afirmou que é cedo para uma conclusão, mas apontou que o modo de operação dos dois grupos foi similar.
Na tragédia de Soweto, maior e histórico subúrbio de Johannesburgo, a polícia recebeu um telefonema pouco depois da meia-noite.
"Quando chegamos ao local havia 12 pessoas mortas por ferimentos de tiros", disse Nonhlanhla Kubheka, comandante da polícia local.
Onze pessoas feridas foram levas para o hospital e três não resistiram aos ferimentos, segundo a polícia.
"Eles chegaram e atiraram contra as pessoas que estavam se divertindo", declarou à AFP Kubheka, comandante responsável pela segurança em Orlando, o bairro de Soweto onde aconteceu a tragédia.
- Um ano depois dos distúrbios -
A policial acrescentou que nenhuma detenção foi efetuada até o momento e que uma investigação foi aberta.
Centenas de moradores do bairro se reuniram atrás do cordão de isolamento policial.
Os corpos já haviam sido retirados e a polícia levou os parentes das vítimas que, devastados, tentavam se aproximar do bar
Em Pietermaritzburg, o tiroteio começou por volta das 20h30, horário local, e deixou quatro mortos e oito feridos, confirmou a porta-voz da polícia local, Nqobile Gwala.
"Um grupo de pessoas bebia em uma taberna e um veículo parou diante do local. Dois homens saíram do carro, entraram no bar e abriram fogo de forma indiscriminada contra os clientes", disse.
Duas pessoas morreram na hora e duas no hospital, segundo a policial. Os oito feridos permanecem hospitalizados.
Os dois incidentes aconteceram um ano depois da mais grave onda de violência na África do Sul desde o fim do apartheid e a chegada da democracia.
Em julho de 2021, vários distúrbios, com saques e destruição de fábricas, deixaram mais de 350 mortos e milhares de detidos, em meio a uma onda de infecções de covid-19.