"Temos que garantir diesel suficiente para o agronegócio e para os motoristas brasileiros", disse o ministro aos jornalistas, em paralelo à reunião do Conselho de Segurança da ONU.
França acrescentou que o Brasil comprará "o máximo que puder" da Rússia, país que passou a ser alvo de duras sanções internacionais após invadir a Ucrânia. O Brasil é "um parceiro estratégico" da Rússia, de quem é fortemente dependente em matéria de fertilizantes, lembrou o ministro.
Diante do problema, que não está tão relacionado à disponibilidade de petróleo, mas à falta de refino, que provocou uma queda nas reservas em todo o mundo, o Brasil "busca segurança" em matéria de abastecimento e a "Rússia é um" desses fornecedores seguros, acrescentou França.
Com a escalada nos preços dos combustíveis, que podem afetar sua popularidade para as eleições de outubro, Bolsonaro anunciou na segunda-feira que estava próximo de fechar um acordo para comprar diesel da Rússia, apesar das sanções internacionais.
Em uma conversa telefônica com Vladimir Putin em 26 de junho, Bolsonaro já havia conseguido da Rússia o compromisso de garantir o fornecimento "ininterrupto" de fertilizantes, que são vitais para o agronegócio no país.
O Brasil é uma potência agrícola mundial, mas importa mais de 80% dos fertilizantes que utiliza, e mais de 20% destes vêm da Rússia, seu principal fornecedor.