Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro subiu 0,08%, fechando a 99,57 dólares.
O barril do petróleo de referência americano, West Texas Intermediate (WTI), para entrega em agosto, fechou em alta de 0,47%, a 96,30 dólares.
"Os preços se recuperaram após o tombo de ontem", disse em nota Edward Moya, consultor da Oanda, em alusão à queda de mais de 7% sofrida na terça-feira pelo Brent e pelo WTI.
Os operadores ignoraram o informe semanal dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, que mostrou uma alta surpreendente de 3,3 milhões de barris adicionais, quando os analistas esperavam uma contração de 1,5 milhão.
A Agência americana de Informação sobre Energia (EIA) também constatou um aumento de 5,8 milhões de barris nas reservas de gasolina, enquanto se projetava um retrocesso de um milhão.
"Este informe era claramente desfavorável aos preços" do petróleo, comentou Stephen Schork, autor do relatório Schork, embora tenha considerado que era "difícil dar importância demais às cifras de uma semana".
Apesar do recuo das cotações na terça-feira, "os operadores enfrentam um mercado tenso que provavelmente não verá no curto prazo uma queda acentuada da demanda de petróleo", segundo Moya, para quem "a probabilidade de uma recessão violenta é frágil".
"Estamos em um nível em torno de 95 dólares para o WTI e acho que vai ficar aí" no curto prazo, avaliou Schork.
Enquanto isso, os operadores esperam pouco da visita do presidente americano, Joe Biden, ao Oriente Médio, durante a qual se reunirá com o príncipe-herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.
"Não espero nada positivo", disse Schork. "Você não pode romper as relações com alguém por um ano e meio e esperar que essa pessoa te ajude quando você precisa que a produção volte a subir", acrescentou.
NOVA YORK