O setor da construção foi por muito tempo um dos pilares do crescimento na China, alimentado pelo aumento dos padrões de vida da população e uma onda de compras, em um país onde a casa própria é muitas vezes um pré-requisito para um casamento.
Mas as incertezas devido à pandemia de covid-19, que pesam sobre a atividade e afetam negativamente os rendimentos das famílias, desencoraja os compradores, em um momento em que vários grupos imobiliários na China se encontram em dificuldades.
Por falta de liquidez, alguns corretores não conseguem acompanhar as obras e entregar a tempo as casas que são vendidas antes de sua construção. Como resultado, os proprietários de quase 100 projetos se recusam a pagar suas mensalidades, segundo dados da empresa especializada CRIC publicados na quarta-feira.
Na China, o setor imobiliário responde por mais de um quarto do PIB e foi um motor da recuperação imediatamente após a pandemia em 2020.
Para reduzir o endividamento desse setor, Pequim endureceu as condições de acesso ao crédito para as corretoras e vários grandes grupos estão com falta de liquidez, como a crise sofrida pela maior imobiliária do país, a Evergrande.
A precariedade dessa empresa também afeta seus concorrentes, já que os compradores estão mais relutantes em investir no setor.
China Evergrande Group
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PEQUIM