Conhecido por sua virulenta oposição a Silvio Berlusconi, por suas notas econômicas e por seus editoriais, Scalfari fundou o "La Repubblica" em 1976. Dirigiu o jornal por 20 anos, transformando-o em um dos meios de comunicação mais importantes da Itália.
Já havia integrado o grupo que lançou a revista "L'Espresso", em 1955, conhecida em todo mundo por suas matérias investigativas e reportagens.
Depois de uma longa carreira no jornalismo, dedicou-se a escrever livros, nos quais abordava questões filosóficas. Um deles é sobre conversas filosóficas com o papa Francisco, com quem se reuniu várias vezes, publicado em 2013.
Em um comunicado, o primeiro-ministro Mario Draghi prestou uma homenagem a "um protagonista absoluto na história do jornalismo na Itália do Pós-Guerra".
"Seus editoriais constituíam leitura essencial para todos aqueles que queriam entender a política e a economia", acrescenta a nota.
O ministro da Cultura, Dario Franceschini, membro do Partido Democrata (PD, de centro-esquerda), elogiou "um exemplo de jornalismo e um intelectual que marcou a história da Itália republicana com seu trabalho".
Autor de cerca de 30 livros, aventurou-se brevemente na política após ser eleito deputado em 1968 pelo Partido Socialista.
Nascido em Civitavecchia, perto de Roma, em 6 de abril de 1924, de pais calabreses, Eugenio Scalfari era oficial da Legião de Honra.
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ROMA
Morre Eugenio Scalfari, fundador do influente jornal italiano 'La Reppublica'
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