Jornal Estado de Minas

LIMA

Repsol é multada em US$ 1,2 milhão por derramamento de petróleo no Peru

O Peru impôs, nesta quinta-feira (14), uma multa de 1,2 milhão de dólares à petrolífera espanhola Repsol depois que a empresa descumpriu a determinação de identificar as áreas afetadas pelo derramamento de 12.000 barris de petróleo em sua costa central em 15 de janeiro.



"A Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental multa a Repsol em 5 milhões de sóis por não cumprir com a identificação das áreas afetadas pelo deslocamento dos hidrocarbonetos derramados em 15 de janeiro no mar de Ventanilla", diz um comunicado do órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

Segundo a OEFA, após o deslocamento de hidrocarbonetos nas praias no início do ano, foram iniciados os trabalhos de supervisão, pelo qual ordenou-se "de maneira imediata" à Repsol que procedesse com a identificação das áreas afetadas.

Contudo, o órgão assinalou "que a Repsol não comprovou o cumprimento da medida".

A OEFA determinou "a responsabilidade administrativa" da empresa e decidiu impor a multa dentro dos procedimentos de punição administrativa iniciados contra a Repsol.

Entre janeiro e junho, a OEFA impôs seis multas a Repsol, cujo valor total gira em torno de 740.000 dólares.



O vazamento no mar ocorreu enquanto o navio 'Mare Doricum', de bandeira italiana, descarregava petróleo em uma refinaria situada 30 km ao norte de Lima, de propriedade da Repsol. A companhia atribuiu o incidente às ondulações provocadas por uma erupção vulcânica em Tonga, no outro extremo do Oceano Pacífico.

O vazamento se espalhou pelo litoral, cobrindo uma distância de até 140 quilômetros ao norte da refinaria e provocando a morte de peixes, aves e mamíferos marinhos, no que é considerada a pior emergência ambiental registrada pelo Peru.

O Ministério Público investiga oito dirigentes da Repsol, que não podem sair do país, entre os quais está o presidente da Repsol Perú, o espanhol Jaime Fernández-Cuesta Luca de Tena.

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