"A Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental [OEFA, na sigla em espanhol] multa a Repsol em 5 milhões de sóis [cerca de 1,2 milhão de dólares] por não cumprir com a identificação das áreas afetadas pelo deslocamento dos hidrocarbonetos derramados em 15 de janeiro no mar de Ventanilla", diz um comunicado do órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
Segundo a OEFA, após o deslocamento de hidrocarbonetos nas praias no início do ano, foram iniciados os trabalhos de supervisão, pelo qual ordenou-se "de maneira imediata" à Repsol que procedesse com a identificação das áreas afetadas.
Contudo, o órgão assinalou "que a Repsol não comprovou o cumprimento da medida".
A OEFA determinou "a responsabilidade administrativa" da empresa e decidiu impor a multa dentro dos procedimentos de punição administrativa iniciados contra a Repsol.
Entre janeiro e junho, a OEFA impôs seis multas a Repsol, cujo valor total gira em torno de 740.000 dólares.
O vazamento no mar ocorreu enquanto o navio 'Mare Doricum', de bandeira italiana, descarregava petróleo em uma refinaria situada 30 km ao norte de Lima, de propriedade da Repsol. A companhia atribuiu o incidente às ondulações provocadas por uma erupção vulcânica em Tonga, no outro extremo do Oceano Pacífico.
O vazamento se espalhou pelo litoral, cobrindo uma distância de até 140 quilômetros ao norte da refinaria e provocando a morte de peixes, aves e mamíferos marinhos, no que é considerada a pior emergência ambiental registrada pelo Peru.
O Ministério Público investiga oito dirigentes da Repsol, que não podem sair do país, entre os quais está o presidente da Repsol Perú, o espanhol Jaime Fernández-Cuesta Luca de Tena.
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