Na sexta-feira (15), Biden chamou a morte de Khashoggi de "ultrajante" e disse ter alertado o príncipe Mohamed contra novos ataques a dissidentes, sem especificar que medidas poderiam ser tomadas por Washington.
No ano passado, o governo Biden divulgou uma avaliação da Inteligência americana, segundo a qual o príncipe Mohammed "aprovou" a operação que levou ao assassinato e desmembramento de Khashoggi no consulado do reino, em Istambul, em 2018.
O canal Al Arabiya citou uma autoridade saudita, a qual relatou que os dois líderes "abordaram a questão de Jamal Khashoggi rapidamente" e que o príncipe Mohamed "confirmou que o ocorrido é lamentável e que tomamos todas as medidas legais para evitar" a repetição de algo similar.
O príncipe Mohammed também observou que "um incidente como esse acontece em qualquer lugar do mundo" e destacou "uma série de erros" cometidos por Washington, como a tortura de detidos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, informou a Al Arabiya.
Em entrevista à CNN, o ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, disse que o reino acredita que o assunto "Khashoggi" já foi abordado o suficiente, embora os restos mortais do jornalista nunca tenham sido encontrados.
Em 2020, um tribunal saudita condenou oito pessoas entre 7 e 20 anos de prisão pelo homicídio. Seus nomes nunca foram divulgados, e a noiva de Khashoggi classificou a sentença como uma "farsa".
"O Reino da Arábia Saudita investigou este crime. O Reino da Arábia Saudita fez os responsáveis prestarem contas, e eles estão pagando o preço do crime que cometeram enquanto falamos", frisou Jubeir.
"Investigamos, punimos e implementamos procedimentos para garantir que isso não volte a acontecer. É o que os países fazem em situações como essa", acrescentou.
JIDÁ