Tratou-se da primeira conversa entre os dois chefes de Estado desde a decisão de Ottawa na semana passada de retornar as turbinas, consertadas no Canadá, ao gasoduto russo Nord Stream.
Zelensky já tinha criticado o que chamou de uma decisão "inaceitável" e em sua declaração diária, disse ter comunicado a Trudeau que "os ucranianos jamais aceitariam a decisão do Canadá".
"É uma questão de respeito às sanções. Se houver uma violação agora, não vai demorar para haver outras", acrescentou o presidente ucraniano, acusando a Rússia de fazer chantagem com o gás e destacando a existência de outros meios para fazer o combustível chegar à Europa.
Após a conversa com Trudeau, Zelensky disse no Twitter, sem aludir ao tema de forma direta, que a posição internacional sobre as sanções devia "estar baseada nos princípios" e que a pressão sobre a Rússia devia ser intensificada e não diminuída.
Ottawa justifica sua decisão, que exclui as turbinas reparadas das sanções contra Moscou, na necessidade de não interromper o fornecimento de energia à Europa, em particular à Alemanha.
Trudeau "reafirma o apoio contínuo do Canadá à Ucrânia frente à agressão militar russa", segundo um comunicado que destaca a importância de se "manter uma unidade forte entre os aliados" e a necessidade de "continuar impondo custos altos à Rússia pela invasão ilegal e injustificável da Ucrânia".
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