"Na questão das armas de destruição em massa, temos a fátua" (decreto religioso) do líder supremo, que proíbe a fabricação de tais armas, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani.
As autoridades iranianas citam regularmente a fátua como garantia das boas intenções de Teerã.
"As capacidades nucleares do Irã são grandes, mas como foi mencionado em várias ocasiões, a tecnologia nuclear iraniana é totalmente pacífica e sujeita à vigilância constante da Agência Internacional de Energia Atômica", acrescentou Kanani.
O porta-voz respondeu a uma pergunta sobre as declarações feitas no domingo por Kamal Kharrazi, presidente do Conselho Estratégico de Relações Internacionais, que depende do Ministério das Relações Exteriores do Irã, confirmando que Teerã tinha "a capacidade técnica para fabricar uma bomba nuclear".
Jarrazi assegurou que, no entanto, o Irã "não tomou a decisão de fabricar uma bomba atômica".
As negociações em Viena entre Irã e as grandes potências, entre elas Estados Unidos, para retomar o acordo nuclear iraniano de 2015 - que supostamente impediria Teerã de desenvolver a bomba atômica em troca do levantamento das sanções que asfixiam sua economia - estão paralisadas desde março.
No final de junho, o Catar recebeu em Doha negociações indiretas entre Irã e Estados Unidos - que se retiraram do acordo em 2018 - com o objetivo de retomar o processo de Viena.
Mas as negociações foram interrompidas após dois dias, sem nenhum avanço.
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