A onda de calor que atinge a Espanha há dez dias provocou a morte de "mais de 500 pessoas", afirmou nesta quarta-feira (20) o presidente do governo, Pedro Sánchez, durante visita a uma zona afetada por um incêndio na região de Aragão (noroeste).
"Durante esta onda de calor, segundo os registros, mais de 500 pessoas faleceram como consequência das altas temperaturas", informou Sánchez, em referência a uma estimativa da mortalidade realizada por um instituto de saúde pública.
"Peço aos cidadãos que tomem precauções extremas", pediu o presidente socialista, que voltou a repetir que "a emergência climática é uma realidade" e que "a mudança climática mata".
Sánchez já usou termos semelhantes em outras ocasiões durante esta última onda de calor que deixou máximas de 45 ºC em algumas regiões e alimentou vários incêndios que devastaram dezenas de milhares de hectares em todo o país.
O número de mortes que Sánchez citou é uma referência às estimativas feitas pelo instituto público Carlos III, que faz um cálculo estatístico do aumento da mortalidade por causas precisas, como o aumento da temperatura, comparando esses números com séries estatísticas históricas.
O instituto qualificou estes números nos últimos dias e salientou que se trata de uma estimativa estatística e não de um registro oficial de óbitos.