Na quarta-feira (20), o ministro egípcio da Eletricidade, Mohamed Chaker, e o diretor da Rosatom, Alexei Likhachev, participaram da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da central de Daba, no norte do país, de acordo com um comunicado do grupo russo.
No início de maio, a Rosatom havia perdido um dos maiores projetos industriais, envolvendo um grupo russo na União Europeia, quando um consórcio na Finlândia retirou seu pedido de licença para um reator nuclear após a invasão da Ucrânia por Moscou.
O Egito, que até agora não se posicionou claramente a favor de Moscou, ou de Kiev, parece continuar seu plano lançado em 2015 para se tornar uma potência nuclear civil.
Em 2017, os dois países assinaram um acordo para construir quatro reatores de 1.200 megawatts (MW) cada um.
"A construção do primeiro reator significa que o Egito se junta ao clube nuclear", celebrou Likhachev, considerando a obra como o "maior projeto de cooperação russo-egípcia desde a barragem de Aswan".
Há meio século, o regime soviético ajudou Gamal Abdel Nasser, então presidente do Egito, a construir esta obra monumental de concreto e aço - a 700 km do Cairo - para regular as enchentes do Nilo e garantir a independência agrícola e elétrico do país.
Segundo a imprensa egípcia, o projeto custará cerca de US$ 25 bilhões. Moscou participa do financiamento com um empréstimo às autoridades egípcias.
O anúncio se dá antes da viagem do chanceler russo, Serguei Lavrov, que se reúne com a Liga Árabe, no domingo, no Cairo.
CAIRO