Desde sábado (23), a Grécia sofre uma onda de calor que, segundo as previsões, vai durar dez dias, com temperaturas de até 42°C em algumas áreas.
Agora, há incêndios ativos no norte, no leste e no sul do país, inclusive na ilha turística de Lesbos, onde cerca de 200 pessoas foram evacuadas da cidade de Vrisa. Nas últimas 24 horas, foram declarados mais de 140 incêndios no país, segundo o Corpo de Bombeiros.
De acordo com os cientistas, a mudança climática induzida pela ação do homem está amplificando as condições meteorológicas extremas, como ondas de calor, secas e inundações. Esses fenômenos se tornarão cada vez mais frequentes e intensos.
Nesta segunda-feira, mais de 300 bombeiros, dois aviões-tanque e quatro helicópteros foram mobilizados para tentar conter o incêndio no parque de Dadia, deflagrado na última quinta. As autoridades também evacuaram alguns povoados da região.
"É uma batalha difícil, uma luta para garantir a sobrevivência deste ecossistema excepcional", disse hoje o ministro da Crise Climática e da Proteção Civil, Christos Stylianidis, depois de visitar a área afetada no fim de semana.
Dadia é uma das áreas protegidas mais importantes da Europa. Oferece um hábitat ideal para aves raras e abriga a única população reprodutora de abutres pretos nos Bálcãs.
Seus variados hábitats também abrigam 104 espécies de borboletas, 13 de anfíbios, 29 de répteis e cerca de 65 mamíferos, 24 dos quais são morcegos.
"Depois desta luta difícil, os especialistas devem estudar como sanar os problemas causados pelo incêndio", disse o ministro, destacando a necessidade de se reforçar a "resistência do ecossistema no futuro".
"É um desastre ecológico, o dano é incalculável", declarou o prefeito de Sufli, Panagiotis Kalakikos, à Star TV.
O ministro da Cidadania, Takis Theodorikakos, afirmou que os incêndios no sul da península do Peloponeso foram provocados.
Em Krestena, a oeste da península, um incêndio continuava ativo. "É evidente que os incêndios são provocados", disse.