Borrell reconheceu que o texto "não é um acordo perfeito", mas "representa o melhor acordo possível que eu, como facilitador das negociações, considero alcançável", explicou em coluna publicada no Financial Times.
O acordo "abrange todos os elementos essenciais e inclui compromissos conquistados com dificuldade por cada uma das partes", disse o chefe da diplomacia da União Europeia.
Em caso de rejeição, "corremos o risco de uma perigosa crise nuclear", alertou Borrell.
Josep Borrell, coordenador do Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), reuniu-se em Teerã em 25 de junho com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hosein Amir Abdollahian.
"O coordenador compartilhou suas ideias para fechar as negociações. Também temos nossas próprias ideias, tanto em substância quanto em forma, para concluir" as negociações, declarou nesta terça o negociador iraniano Ali Bagheri em mensagem no Twitter.
Desde abril de 2021, são realizadas negociações, sob mediação da União Europeia (UE), para reintegrar os Estados Unidos no acordo sobre o programa nuclear iraniano, alcançado em 2015 em Viena entre o Irã, a UE e outras seis grandes potências.
Os Estados Unidos se retiraram do acordo durante a presidência do republicano Donald Trump e reaplicaram sanções contra o Irã.
Em resposta, o Irã foi progressivamente ignorando seus compromissos no pacto.
O acordo apresentado por Borrell aborda "em detalhes" o fim das sanções contra o Irã e as medidas nucleares necessárias para recuperar o JCPOA.
Este Plano busca garantir o caráter civil do programa nuclear iraniano, país acusado de buscar a bomba atômica. Algo que Teerã nega.
BRUXELAS