Jornal Estado de Minas

LONDRES

Nova greve de trens no Reino Unido em meio à crise de poder aquisitivo

Cerca de 40.000 ferroviários britânicos estão em greve nesta quarta-feira (26) por salários e empregos, um mês após sua maior greve em 30 anos, no auge da crise do poder aquisitivo no Reino Unido.



Perante o fracasso após três dias de greve histórica no final de junho, o sindicato ferroviário da RMT convocou uma greve de 24 horas, na esperança de obter melhores salários diante da disparada da inflação no país e que pode ultrapassar 11% até o final do ano.

Uma questão candente que o sucessor do primeiro-ministro Boris Johnson, que renunciou em 7 de julho após uma série de escândalos e mentiras, terá que enfrentar. A ministra das Relações Exteriores Liz Truss e o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak são os dois finalistas na corrida para sucedê-lo.

Devido à greve, apenas cerca de um em cada cinco trens funcionará nesta quarta-feira, em cerca de metade da rede, com algumas áreas sem trens durante todo o dia. A greve também afeta a circulação dos trens Eurostar, causando cancelamentos e alterações de horários.



Além desta ação, os sindicatos RMT e TSA lançarão greves coordenadas nos dias 18 e 20 de agosto, e a RMT anunciou uma greve no metrô de Londres em 19 de agosto.

O secretário-geral da RMT, Mick Lynch, enfatizou que seus membros do sindicato estão mais determinados do que nunca a obter salários mais altos, segurança no emprego e boas condições de trabalho. Afirmou que o gestor público da Rede Ferroviária não apresentou "nenhuma melhoria em relação à sua oferta salarial anterior".

O ministro dos Transportes, Grant Shapps, atacou os sindicatos, acusando-os de multiplicar greves e ameaças de greve em detrimento de milhares de usuários.

"Temos que fazer mais para impedir que esses sindicatos de extrema esquerda muito militantes perturbem a vida cotidiana das pessoas comuns", enfatizou o ministro nesta quarta-feira no SkyNews.