Um adolescente de 13 anos foi infectado pela ameba conhecida como “comedora de cérebro” após nadar na praia de Port Charlotte, na Flórida, Estados Unidos. O garoto Carl Ziegelbauer está internado em estado grave com uma condição chamada meningoencefalite amebiana primária.
Segundo as autoridades, a infecção aconteceu no último dia 1º de julho. Quando o garoto estava nadando na praia, a ameba entrou pelo seu nariz e o infectou.
Cinco dias depois do mergulho, Ziegelbauer foi hospitalizado com sintomas de mal-estar, febre e dor de cabeça, acompanhados de alucinações e desorientação. Contudo, o caso só foi anunciado dez dias depois.
Ainda de acordo com as autoridades responsáveis pelo caso, o protozoário Naegleria fowleri, conhecido como ameba comedora de cérebro, entrou no corpo da vítima pelo nariz e logo atingiu o seu sistema nervoso. Os exames confirmaram o contágio.
Desde então, o adolescente está internado e os danos provocados em seu cérebro agravam sua condição.
Alta taxa de fatalidade
Os casos de infecção causados pela ameba Naegleria fowleri são considerados raros mas, conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a taxa de fatalidade é superior a 97%.
Entre 1962 e 2021, nos Estados Unidos, apenas 154 ocorrências foram registradas, das quais apenas quatro pessoas sobreviveram.
A ameba comedora de cérebro vive livremente em águas quentes não tratadas e pode infiltrar-se no corpo humano pelo nariz ou pela boca, quando o indivíduo ingere a água contaminada. Dentro do corpo, o parasita se encaminha até o cérebro, onde destrói o tecido cerebral.
Os sintomas iniciais são: dor de cabeça frontal, febre, náuseas e vômitos. No estágio seguinte, o infectado pode sentir torcicolo, convulsões, alteração no estado mental e alucinações. Podendo resultar óbito em menos de duas semanas.