"As atletas Yiselena Ballar (dardo) e Yaimé Pérez (disco) e o fisioterapeuta Carlos González abandonaram a delegação, o que se configura como grave indisciplina", disse o jornal digital Jit, do Inder, em uma breve nota.
Pérez, de 31 anos e campeã em Doha-2019, ficou em sétimo no Mundial em Eugene (Estados Unidos), com um arremesso de 63,07 metros, longe de seus principais recordes.
Uma das atletas mais bem-sucedidas do atletismo cubano, Yaimé era uma das esperanças da ilha para os Jogos Olímpicos Paris-2024.
Além do ouro em Doha, Pérez conquistou o bronze olímpico em Tóquio-2020, venceu várias etapas da Diamond League, incluindo as finais de 2018 e 2019, assim como o título continental em Lima-2019.
Embora Jit não tenha dado detalhes sobre a fuga de Pérez, alguns veículos de comunicação independentes informaram que aconteceu na viagem de volta para a ilha, durante uma escala no aeroporto de Miami. Foi neste mesmo local que Ballar, de 19 anos, também deixou a delegação, em 13 de julho passado.
Cuba disputou o Mundial de Eugene com apenas 14 atletas e terminou em 29º lugar. Foi a primeira vez sem medalhas, o que representa seu pior desempenho histórico em campeonatos mundiais.
Mais de duas dezenas de atletas cubanos de várias disciplinas deixaram a ilha, ou pediram sua saída das seleções nacionais este ano, incluindo estrelas olímpicas como Juan Miguel Echevarría (atletismo), Ismael Borrero (luta) e Fernando Dayán (canoagem).
Essas fugas se dão em um momento de migração em massa na ilha, em meio à sua pior crise econômica em três décadas, devido aos efeitos da pandemia da covid-19 e do endurecimento das sanções impostas pelos Estados Unidos.