Pelo menos 42 pessoas morreram e quase 100 outras foram hospitalizadas desde segunda-feira nos distritos de Botad e Ahmedabad, no estado de Gujurat, no oeste da Índia, por beberem álcool adulterado contrabandeado, informou a polícia nesta quinta-feira.
"Trinta e uma pessoas morreram depois de consumir álcool adulterado em Botad. Cinquenta outras foram hospitalizadas no distrito vizinho de Bhavnagar", disse à AFP o inspetor-geral Ashok Yadav.
Em Ahmedabad, onze mortes foram registradas, de acordo com um alto funcionário da polícia, V. Chandrasekar.
No estado de Gujarat, de onde vem o primeiro-ministro Narendra Modi, o consumo e a venda de álcool são proibidos por lei.
De acordo com Yadav, moradores de meia dúzia de vilarejos beberam álcool fornecido por um traficante local no último domingo.
"A investigação revela que as vítimas consumiram metanol industrial, o que causou suas mortes", disse o ministro do Interior Harsh Sanghavi em comunicado. Sanghavi informou que 97 pessoas estavam sendo tratadas no hospital. Dois deles estão em estado crítico.
A polícia já prendeu várias pessoas no estado de Gujarat pela venda de álcool ilegal. Centenas de pessoas morrem a cada ano na Índia, envenenadas por álcool fabricado em destilarias clandestinas.
Dos 5 bilhões de litros de licor consumidos a cada ano no país, cerca de 40% vem ilegalmente, segundo International Spirits and Wine Association of India.
O álcool é frequentemente alterado com metanol para aumentar sua intensidade. Se ingerido, o metanol pode causar cegueira, danos ao fígado e até a morte.