Zamora foi preso na última sexta-feira em sua residência, que foi invadida, assim como a sede do jornal, que denunciou a suposta corrupção envolvendo Giammattei e a procuradora-geral, Consuelo Porras, que o veículo acusa de estar por trás da prisão.
"No fim de semana, congelaram as contas do jornal. Então também estão nos sufocando financeiramente", disse à AFP Ramón Zamora, filho do jornalista, durante uma manifestação de dezenas de pessoas em frente aos tribunais do centro da capital contra a prisão de seus pais.
Segundo o jornal, "as contas bancárias foram embargadas a pedido da Promotoria Especial contra a Impunidade (Feci), ente que comanda as investigações contra Zamora, com "a única intenção de congelar as finanças" do veículo.
Rafael Curruchiche, chefe da Feci, declarou que Zamora é suspeito de lavagem de dinheiro e que o processo, sob sigilo, acontece "na "qualidade de empresário", e não de jornalista, afirmação rejeitada pelo sindicato de imprensa e pelo jornal. A rejeição a essas declarações avivada com o bloqueio das contas bancárias.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que exigiu "garantias de liberdade de imprensa", lembrou que Zamora havia alertado em outubro que Giammattei e Consuelo estavam "fabricando" um caso contra ele para prendê-lo.
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