Segundo a promotoria, o sujeito previa que seus ataques provocariam uma "guerra civil de raças" nos três anos posteriores, com o objetivo de "preservar a população branca".
O alemão Marvin E., de 20 anos, também é acusado de ter conduzido ações para fundar uma filial da Divisão Atomwaffen, conhecida por sua ideologia racista e antissemita, no estado alemão de Hesse.
Seu julgamento durará pelo menos até novembro.
Composta por jovens, a rede neonazista Divisão Atomwaffen foi criada nos Estados Unidos em 2015 e ficou conhecida por meio das campanhas de recrutamento em universidades.
Vários membros deste grupo foram presos por ameaçar jornalistas e ativistas antirracistas que também lutam contra o antissemitismo, nos Estados Unidos.
Marvin E. começou a aprender sobre a compra de armas de fogo e fez compras online de componentes utilizados para fabricação de explosivos.
No entanto, foi impedido de colocar seus planos em ação ao ser detido pela polícia no dia 21 de setembro de 2021. Ele segue preso desde então.
As autoridades alemãs colocam a violência da extrema-direita em primeiro lugar nas ameaças à ordem pública, à frente do risco jihadista.
Em junho de 2019 o assassinato de Walter Lübcke, membro eleito do Partido Conservador que defendia a política de acolhimento de migrantes, por um ativista neonazista abalou profundamente o país.
De acordo com um relatório de junho do Gabinete Federal para a Proteção da Constituição (BfV), a Alemanha tinha cerca de 33.900 pessoas pertencentes à extrema-direita em 2021, enquanto em 2020 o número era de 33.300.
As autoridades estimam que, entre eles, 13.500 pessoas são consideradas potencialmente violentas.
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