"A Anistia Internacional lamenta profundamente a angústia e a indignação causadas pelo nosso comunicado de imprensa sobre as táticas de combate no exército ucraniano", disse a ONG.
O relatório, publicado em 4 de agosto, levou à renúncia da chefe da Anistia na Ucrânia, Oksana Pokalchuk, que acusou o documento de ter servido involuntariamente à "propaganda russa".
Após sua divulgação, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a ONG de desculpar o "estado terrorista" da Rússia e de colocar "a vítima e o agressor" no mesmo nível.
A Anistia lembrou neste domingo que a sua prioridade "neste conflito e em qualquer outro é garantir a proteção dos civis".
"Era nosso único objetivo quando publicamos este último relatório investigativo", acrescentou.
"Embora mantenhamos amplamente nossas conclusões, lamentamos a dor causada", afirmou.
O relatório, divulgado após uma investigação de quatro meses, acusa o exército ucraniano de montar bases militares em escolas e hospitais e lançar ataques a partir de áreas habitadas. Segundo a Anistia, essa tática viola o direito internacional humanitário.
"As leis de guerra existem em parte para proteger os civis e é por isso que a Anistia Internacional insta os governos a respeitá-las", continuou.
A ONG destacou que nada do que foi documentado "justifica (...) os abusos cometidos pelos russos".
LONDRES