"Até o momento 29 pessoas, afegãs, iraquianas e iranianas, foram resgatadas e a busca continua porque, segundo suas declarações, entre 20 e 50 outras pessoas estavam no barco que afundou", disse à AFP uma responsável da imprensa da Guarda Costeira.
A operação de resgate foi ordenada na madrugada desta quarta-feira pelo ministro da Marinha Mercante, Yannis Plakiotakis, após ser informado do naufrágio.
O navio partiu da cidade turca de Antália, no sul deste país e não muito longe das ilhas gregas do mar Egeu, e tinha como destino a Itália, segundo a Guarda Costeira.
Quatro barcos que navegavam na área do naufrágio, dois barcos de patrulha da Guarda Costeira e um helicóptero da Força Aérea grega participam na busca dos desaparecidos, que é prejudicada por ventos fortes de 40 a 50 disse ao rádio Skai Nikos Kokalas, porta-voz da Guarda Costeira.
A perigosa travessia entre as ilhas gregas e a costa turca no mar Egeu, localizada no leste do Mediterrâneo, ceifa a vida de muitos migrantes e refugiados que tentam chegar à Europa a bordo de barcos improvisados para fugir da guerra e da miséria.
Desde janeiro de 2022, 64 pessoas morreram no Mediterrâneo oriental e 111 em 2021, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O número de chegadas de migrantes e refugiados na Grécia, principalmente da Turquia, aumentou este ano, segundo as autoridades gregas.
Atenas acusa Ancara de fechar os olhos aos traficantes de seres humanos e permitir que migrantes cheguem à Grécia em violação de um acordo de março de 2016 que exige que a Turquia reduza a migração de seu território em troca de ajuda financeira europeia.
A Turquia nega as acusações.
ATENAS