Três semanas depois das licitações lançadas pelo governo para 30 blocos petrolíferos e gasíferos na RDCongo, "os defensores do meio ambiente continuam enfrentando ameaças diretas", asseguram em um comunicado oito destas organizações.
Além do Greenpeace, os signatários são, entre outros, a Rainforest Foundation e a Rede para a Conservação e a Reabilitação dos ecossistemas florestais (CREF).
"Declarações de alguns ministros do governo congolês atiçaram o fogo", afirmam as organizações.
Além disso, "exigem que as autoridades adotem um discurso mais tolerante e tomem medidas para proteger os direitos dos defensores do meio ambiente".
O governo da RDCongo lançou no fim de julho licitações para a exploração de 27 blocos petrolíferos e 3 gasíferos, prometendo zelar pelo respeito às normas ambientais.
Em uma declaração anterior, o Greenpeace tinha denunciado projetos de exploração petrolífera e gasífera, alertando para as consequências catastróficas que teriam para as comunidades ribeirinhas, a biodiversidade e o clima, pois afetam em especial um complexo rico em pântanos.
A organização advertiu, então, para a "maldição do petróleo" e a "violência e pobreza" que provoca.
"Depois, os militantes receberam uma enxurrada de ameaças nas redes sociais, inclusive acusações de traição (...) e ameaças de morte", destacam os signatários.
Também foram registrados "telefonemas anônimos", acrescentaram.
KINSHASA