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Estado de Minas KINSHASA

Ecologistas da RDCongo contrários ao petróleo sofrem ameaças


21/08/2022 21:16

Organizações de defesa do meio ambiente, entre eles o Greenpeace Africa, alertaram nesta segunda-feira (22) sobre as ameaças que sofrem por se oporem à venda em leilão de zonas petrolíferas na República Democrática do Congo (RDC).

Três semanas depois das licitações lançadas pelo governo para 30 blocos petrolíferos e gasíferos na RDCongo, "os defensores do meio ambiente continuam enfrentando ameaças diretas", asseguram em um comunicado oito destas organizações.

Além do Greenpeace, os signatários são, entre outros, a Rainforest Foundation e a Rede para a Conservação e a Reabilitação dos ecossistemas florestais (CREF).

"Declarações de alguns ministros do governo congolês atiçaram o fogo", afirmam as organizações.

Além disso, "exigem que as autoridades adotem um discurso mais tolerante e tomem medidas para proteger os direitos dos defensores do meio ambiente".

O governo da RDCongo lançou no fim de julho licitações para a exploração de 27 blocos petrolíferos e 3 gasíferos, prometendo zelar pelo respeito às normas ambientais.

Em uma declaração anterior, o Greenpeace tinha denunciado projetos de exploração petrolífera e gasífera, alertando para as consequências catastróficas que teriam para as comunidades ribeirinhas, a biodiversidade e o clima, pois afetam em especial um complexo rico em pântanos.

A organização advertiu, então, para a "maldição do petróleo" e a "violência e pobreza" que provoca.

"Depois, os militantes receberam uma enxurrada de ameaças nas redes sociais, inclusive acusações de traição (...) e ameaças de morte", destacam os signatários.

Também foram registrados "telefonemas anônimos", acrescentaram.


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