O governo também discutirá a ideia de ativar mais centrais nucleares e de prolongar a vida útil dos reatores, se for possível garantir a segurança, afirmou Kishida em uma reunião sobre política energética.
"A invasão russa da Ucrânia transformou muito o panorama energético mundial e, por isso, o Japão precisa ter em mente potenciais cenários de crises no futuro", declarou o chefe de Governo.
"Quanto às usinas nucleares, além de garantir a operação dos 10 reatores que já estão em operação, o governo vai liderar um esforço para fazer tudo que for necessário para concretizar a reativação" dos outros cuja segurança foi aprovada pela agência nuclear do país, acrescentou.
Kishida fez um apelo aos participantes na reunião para que preparem "a construção de reatores nucleares de nova geração equipados com novos mecanismos de segurança" e para "dar máximo uso às centrais nucleares existentes".
"Por favor acelerem suas discussões sobre todas as medidas possíveis, baseadas em opiniões de partidos do governo e da oposição, assim como de especialistas, para chegar a conclusões concretas até o fim do ano", declarou.
Assim como outros países, o Japão enfrenta limitações no abastecimento de energia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há seis meses.
O Japão também enfrenta uma onda de calor histórica no atual verão, o que levou o governo a pedir que a população economize energia na medida do possível.
A energia nuclear é um tema delicado no Japão desde o tsunami de março de 2011, que provocou um acidente na central de Fukushima, o mais grave desastre nuclear desde Chernobyl.
Onze anos depois, 10 dos 33 reatores nucleares japoneses estão ativos, mas nem todos operam o ano inteiro e o país ainda depende dos combustíveis fósseis importados.