O ESM (Módulo de Serviço Europeu) estará sob a cápsula Orion da missão Artemis I, que partirá sem tripulação na segunda-feira (29).
O cilindro, de cerca de 4 metros de altura e de diâmetro e pesando 13 toneladas, irá impulsionar a Orion para a órbita lunar assim que o dispositivo se desprender da fase principal do lançador SLS, cerca de oito minutos após a decolagem de Cabo Canaveral (Flórida).
O ESM, não pressurizado, também fornecerá eletricidade e, a partir da missão Artemis 2, fornecerá serviços essenciais para futuros astronautas, como água, oxigênio e controle de temperatura.
O módulo também permitirá as manobras orbitais da Orion e o controle de atitude (orientação espacial) e posteriormente servirá para transportar material para a futura estação orbital lunar Gateway.
A construção do ESM foi realizada pela Airbus Defence and Space, do consórcio europeu Airbus, na cidade alemã de Bremen, com a participação de dez países europeus.
A empresa aproveitou sua experiência na construção do Veículo Automático de Transferência Europeu (ATV), que de 2008 a 2015 abasteceu as tripulações da Estação Espacial Internacional (ISS).
Garantir o desempenho adequado do ESM neste voo de teste do Artemis é "uma enorme responsabilidade", disse um dos principais gerentes de sistemas espaciais da Airbus, Jean-Marc Nasr, na terça-feira.
No Artemis I, o módulo deverá apresentar "desempenho suficiente para recuperar o máximo de informação" sobre o seu funcionamento, explicou o responsável pelo programa ESM da ESA, Philippe Deloo.
Essas informações permitirão testes para "estágios futuros" do programa lunar, acrescentou.
Na quarta missão Artemis, por exemplo, a cápsula Orion com seu ESM servirá como um rebocador para acoplar um módulo de tripulação à futura estação Gateway na órbita lunar.
A primeira missão durará 42 dias.
O custo da concepção e construção do primeiro ESM ascendeu a 650 milhões de euros.
O pedido da NASA para os primeiros seis ESMs totaliza 2,1 bilhões de euros, disseram os diretores da ESA.
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