"É uma história de quase destruição, de superação e colaboração", disse Hartwig Fischer, diretor da famosa instituição cultural britânica, nesta quarta-feira. "Dois anos após a explosão em Beirute, estamos felizes em expor esses antigos recipientes de vidro", que irão retonar ao Líbano até o fim do ano.
As peças estavam em uma vitrine da Universidade Americana de Beirute (AUB) quando a onda de choque da explosão no porto, a 3 km de distância, a derrubou. Das 74 peças que caíram, apenas duas foram recuperadas intactas. Especialistas restauraram 26, incluindo os oito em exibição, e esperam reabilitar em breve pelo menos metade das 46 restantes.
O Museu Britânico e a AUB começaram a colaborar nesse projeto em 2021. Os conservadores concordaram com a necessidade de restabelecer a integridade estrutural dos recipintes, mas decidiram não eliminar as rachaduras e imperfeições estéticas dos objetos reconstituídos, como forma de lembrar a tragédia de 4 de agosto de 2020, que deixou mais de 200 mortos, 6.500 feridos e devastou bairros inteiros.
Os objetos, oriundos das habilidades dos gregos, bizantinos e muçulmanos, mostram a evolução das técnicas dos sopradores de vidro no Oriente Médio.
LONDRES