Assange, detido desde 2019 em uma prisão de alta segurança em Belmarsh, perto de Londres, interpôs recurso contra a ordem de extradição aprovada pelo governo britânico.
O australiano de 51 anos pode ser condenado nos Estados Unidos a 175 anos de prisão por ter divulgado em 2010 em seu site WikiLeaks mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares americanas, especialmente no Iraque e no Afeganistão.
"Estou ciente dos problemas de saúde que Assange sofreu durante sua detenção e continuo preocupada com seu bem-estar físico e mental", disse Bachelet em comunicado, após se reunir na quinta-feira com a esposa e os advogados do acusado.
"A possível extradição e julgamento de Assange levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa e sobre o possível efeito desencorajador no jornalismo investigativo", disse o ex-presidente chileno.
"Nessas circunstâncias, gostaria de enfatizar a importância de garantir o respeito pelos direitos humanos de Assange e, em particular, o direito a um julgamento justo e garantias do devido processo", acrescentou.
"Meu gabinete continuará acompanhando de perto o caso Assange", enfatizou Bachelet, que anunciou em junho que não aspira a um novo mandato como chefe de Direitos Humanos na ONU e espera que um sucessor seja nomeado.
GENEBRA