"O Peru tentará que a Comunidade Andina permita o retorno do Chile. No momento certo, a Venezuela e também a Argentina, que é atravessada pelos Andes", declarou o chanceler peruano, Miguel Ángel Rodríguez, ao canal estatal TV Perú.
Rodríguez conduzirá a reunião de ministros de Relações Exteriores previamente ao encontro de presidentes, no qual o equatoriano Guillermo Lasso entregará a presidência temporária do bloco ao colega peruano, Pedro Castillo.
Ao assumir a Presidência da Colômbia em 7 de agosto, o esquerdista Gustavo Petro convidou seu homólogo chileno, Gabriel Boric, a retornar ao bloco, do qual seu país se retirou em 1976 sob a ditadura de Augusto Pinochet.
O Peru promoverá a "revitalização" da CAN, com os eventuais retornos do Chile e Venezuela, assim como a incorporação da Argentina, afirmou Rodríguez.
No encontro, que deve terminar com a adoção de uma declaração conjunta, o Equador entregará um relatório sobre seu trabalho na liderança do bloco. Além disso, os presidentes decidirão se aceitam o pedido da Turquia para integrar a CAN como país associado.
A Comunidade Andina surgiu em 1969 em um contexto de políticas de desenvolvimento na região e foi composta originalmente pela Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Peru. Depois de se afastar em 1976, o Chile retornou como associado em 2007.
A Venezuela se aliou à CAN em 1973, mas se retirou em 2006 por desavenças com Bogotá e Lima, que firmaram acordos bilaterais de livre comércio com Washington sem o consenso de seus aliados andinos.
O retorno de Caracas pode ser favorecido porque todos os países da CAN, exceto o Equador, são governados atualmente pela esquerda.
LIMA