Jornal Estado de Minas

PEQUIM

Atividade industrial da China registra contração pelo segundo mês consecutivo

A atividade industrial na China registrou contração em agosto pelo segundo mês consecutivo, com o setor afetado pelas restrições anticovid e a escassez energética provocada pela onda de calor, de acordo com os dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.



O Índice de Gestores de Compras, indicador chave da produção industrial na segunda maior economia mundial, ficou abaixo dos 50 pontos, a barreira que separa o crescimento da contração, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).

Mesmo assim, o índice avançou na comparação com julho, passando de 49,0 para 49,4.

O setor foi impactado pelos confinamentos anticovid, que diminuíram a confiança dos consumidores e das empresas, e pela onda de calor em grandes partes do país, o que provocou o racionamento do fornecimento de energia elétrica às fábricas.

A economia enfrentou "fatores não favoráveis, incluindo a epidemia e as temperaturas elevadas este mês", afirmou Zhao Qinghe, diretor de estatísticas do NBS.

Em cinco dos últimos seis meses, o índice registrou contração da atividade industrial na China, ainda afetada pelos confinamentos e severas restrições contra a covid.

Apesar dos números, o governo mostra poucos sinais de uma eventual flexibilização das medidas.

Quase quatro milhões de pessoas entraram em confinamento na terça-feira na província que faz divisa com Pequim. Em Shenzhen, um pilar econômico no sul do país, o governo fechou o maior mercado de produtos eletrônicos do mundo após a detecção de dezenas de casos.

O governo chinês projeta um crescimento anual do PIB de 5,5%. Mas com o avanço de apenas 0,4% no segundo trimestre, muitos analisas consideram improvável alcançar a meta.