Os combates de rua, que terminaram durante a noite após o envio de forças de segurança, seguem os intensos combates que abalaram a Zona Verde de Bagdá na segunda e terça-feira e deixaram 30 mortos entre as tropas do líder xiita Moqtada Sadr.
Dois membros das Brigadas da Paz Saraya al Salam - uma facção armada sob as ordens de Sadr - morreram pela força rival Asaib Ahl al-Haq, uma milícia xiita pró-iraniana, disse a fonte sob condição de anonimato.
O veículo em que os militantes pró-Sadr foram encontrados foi atacado quando passava perto dos escritórios do Asaib Ahl al-Haq, facção que faz parte do Hachd al Shaabi, ex-paramilitares integrados às tropas regulares.
Confrontos armados eclodiram entre os dois grupos e dois combatentes do Asaib Ahl al-Haq morreram, continuou a fonte de segurança.
Nesta quinta-feira de manhã, a situação "se estabilizou graças ao envio das forças de segurança", disse o governador da província de Basra, Asad al-Aidani.
Mohamed Saleh al Iraki, que é muito próximo de Moqtada Sadr, condenou veementemente o assassinato dos dois combatentes das Brigadas de Paz e atacou o chefe de Asaib Ahl al Haq, Qais al Khazali.
"Estou avisando, Qais! Se você não controlar suas milícias e não repudiar os assassinos e criminosos que são afiliados a você, você também será um insolente", escreveu ele no Twitter.
Qaid al Khazali reagiu na mesma rede social e pediu a seus seguidores que fechassem os escritórios de Asaib Ahl al-Haq e ignorassem os "insultos" contra ele para evitar uma escalada de violência.
O Iraque está atolado em uma crise política desde as eleições legislativas de outubro de 2021. Desde então, os barões políticos não conseguiram chegar a um entendimento para nomear um novo primeiro-ministro e o país não tem um novo governo nem um novo presidente.
BAGDÁ