"Estamos diante de um ponto de inflexão, não só para o Webb como também para a astronomia em geral", disse a professora de astronomia Sasha Hinkley, da Universidade de Exeter, que dirigiu a equipe de observação.
Webb foi lançado em dezembro de 2021 e desde então só recebe elogios dos astrônomos por seu desempenho.
Trata-se do telescópio espacial mais poderoso já construído e suas imagens têm emocionado observadores nos últimos meses, enquanto orbita o Sol a 1,6 milhão de quilômetros da Terra.
Webb conta com acessórios telescópicos que bloqueiam a luz das estrelas, como o recurso infravermelho e os coronógrafos, que permitem a captura de imagens diretas de exoplanetas.
"Foi realmente impressionante quão bem funcionaram os coronógrafos do Webb para suprimir a luz da estrela anfitriã", declarou Hinkley em um comunicado da agência espacial americana nesta sexta-feira (2).
HIP 65426 b tem entre seis e 12 vezes a massa de Júpiter e é jovem, com 15 a 20 milhões de anos, em comparação aos 4,5 bilhões de anos da Terra.
O telescópio, que publicou suas primeiras imagens em julho, também revelou novos detalhes deslumbrantes da chamada Galáxia Fantasma e do planeta Júpiter.
Anteriormente, o telescópio espacial Hubble havia capturado imagens diretas de exoplanetas, mas com muito menos detalhes.
"Acredito que o mais empolgante é que estamos apenas começando", afirmou Aarynn Carter, da Universidade da Califórnia. "Podemos até mesmo descobrir planetas previamente desconhecidos".
O projeto de engenharia de inclui o James Webb teve um custo estimado em 10 bilhões de dólares e é uma colaboração entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense.
A previsão é que o telescópio funcione por aproximadamente 20 anos.
WASHINGTON